OPERA IN CONCORSO | Sezione Pittura

 | Algodãozinho do Campo

Algodãozinho do Campo
acrilica e assemblage de memoria, tela
25 x 25 cm

Lionizia Goya

nato/a a Caçu, Goiás, Brasil
residenza di lavoro/studio: Quirinópolis, BRAZIL


iscritto/a dal 30 apr 2025

http://@lioniziagoya


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Descrizione Opera / Biografia


obra ”Algodãozinho do Campo”:
”A obra ’Algodãozinho do Campo’ convida o espectador a uma imersão poética e crítica no coração do Brasil. Em um céu azul cobalto claro, que evoca a vastidão e a esperança, uma flor amarela estilizada assume a centralidade, adornada por um pingente – uma pedra semifosca ressignificada de uma bijuteria. Este ’lixo que vira luxo’ irradia como um sol, ponto de luz em meio à composição.
Em contraste, o terço inferior da tela revela a ferida do cerrado queimado, em pinceladas intensas de preto e vermelho, pontuadas por lampejos alaranjados, testemunhando a destruição. A linha divisória do céu e da terra abriga uma árvore retorcida, esquelética em sua negritude, um emaranhado de carvão que ecoa a fragilidade da vida vegetal. A árvore retorcida do Cerrado.
À esquerda, uma figura feminina nua emerge com imponência sobre o solo calcinado. Suas pernas semicruzadas e a cabeça erguida denotam força e resiliência. Apesar de sua frontalidade, o olhar volta-se para trás, por sobre o ombro esquerdo, em direção ao flor-sol, unindo os elementos da composição e seu pedido de socorro.
’Algodãozinho do Campo’ é um diálogo entre duas séries centrais na minha produção artística: ’O não grito da mulher’ e a representação visceral do cerrado. A obra ecoa a silenciosa denúncia das múltiplas formas de violência sofridas pela mulher, ao mesmo tempo em que clama pela urgência da preservação do bioma, confrontando a beleza resiliente com a devastação.”
L’opera “Algodãozinho do Campo” invita lo spettatore a un’immersione poetica e critica nel cuore del Brasile. In un cielo azzurro cobalto chiaro, che evoca vastità e speranza, un fiore giallo stilizzato occupa la posizione centrale, adornato da un ciondolo – una pietra semiopaca, riassegnata dal contesto di una bigiotteria. Questo “rifiuto che diventa lusso” irradia come un sole, punto di luce all’interno della composizione.
In contrasto, il terzo inferiore della tela rivela la ferita del cerrado bruciato, in pennellate intense di nero e rosso, punteggiate da bagliori arancioni, che testimoniano la distruzione. La linea che separa il cielo dalla terra ospita un albero contorto, scheletrico nella sua oscurità, un groviglio di carbone che riecheggia la fragilità della vita vegetale. L’albero contorto del Cerrado.
A sinistra, una figura femminile nuda emerge con imponenza dal suolo bruciato. Le gambe semi-incrociate e il capo sollevato denotano forza e resilienza. Nonostante la frontalità, lo sguardo è rivolto all’indietro, sopra la spalla sinistra, in direzione del fiore-sole, unendo gli elementi della composizione e il suo grido d’aiuto.
“Algodãozinho do Campo” è un dialogo tra due serie centrali della mia produzione artistica: “Il non-grido della donna” e la rappresentazione viscerale del cerrado. L’opera riecheggia la silenziosa denuncia delle molteplici forme di violenza subite dalla donna, mentre al contempo lancia un appello urgente per la preservazione del bioma, contrapponendo la bellezza resiliente alla devastazione.